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domingo, 14 de julho de 2019

O reino que Alcácer Quibir sentenciou ao nevoeiro...



D. Sebastião: desde o nascimento até à campanha marroquina

D. Sebastião nasceu em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554. Era filho do Príncipe de Portugal João Manuel e de Joana da Áustria. O seu pai haveria de falecer 18 dias antes do seu nascimento. Como é sabido, todos os dez filhos de D. João III tinham morrido antes do nascimento de D. Sebastião que era, na verdade, seu neto. Aliás, para muitos a vinda desta criança ao mundo foi um alívio dado que a linha lógica de sucessão estava salvaguardada. Contudo, quando D. João III falece em 1557, D. Sebastião, seu neto, tinha apenas 3 anos de idade. A regência teve de ser entregue durante alguns anos, primeiro, a Catarina de Áustria, viúva de D. João III e avó de D. Sebastião (acabaria por ser afastada posteriormente porque algumas figuras eminentes acreditavam que se deixava influenciar pela Corte Espanhola), e depois ao seu tio-avô, o cardeal Henrique de Portugal. Apesar de ainda não governar na realidade, D. Sebastião, mesmo sendo criança, seria o centro de todas as atenções. Viveria a sua infância num ambiente adulatório, faltando-lhe claramente uma figura paterna que o ajudasse a moldar a sua própria personalidade. Joaquim Veríssimo Serrão alega que D. Sebastião tinha "uma personalidade não equilibrada – falta de bom senso, tendência impulsiva, fraco poder de reflexão, capricho em se ver obedecido".
D. Sebastião seria educado por jesuítas (nomeadamente pelo Padre Luís Gonçalves da Câmara) e isso poderá ter influenciado o rumo que viria a seguir em breve. Quando sobe ao trono em 1568, contando com 14 anos de idade, D. Sebastião assume, desde logo, uma personalidade mística, convicto talvez de que era um enviado de Deus que teria de combater os infiéis e propagar a fé a qualquer custo. A ideia de uma cruzada agradava-lhe. No entanto, a sua ingenuidade política e o seu fervor religioso prevaleciam sobre qualquer estratégia militar devidamente organizada.
O historiador António Villacorta Baños-García que elaborou uma biografia de D. Sebastião vai ainda mais longe quando menciona que o jovem soberano não admitia reparos, correcções, ou outras interpretações, que não as suas, e isso levou-o a ter uma corte de bajuladores, incompetentes, que alinharam, sem uma palavra de discordância, na aventura em Marrocos, que teve um final que todos conhecemos. Desprezava assim os conselhos dos mais velhos e prudentes, rodeando-se de um grupo de jovens aristocratas, quase tão loucos e pouco maduros como ele próprio. 
Todas as negociações matrimoniais que tinham sido colocadas em cima da mesa acabariam por malograr porque D. Sebastião não queria pensar na morte e na sua sucessão. Foram assim invariavelmente adiados (ou até negados) acordos que envolveriam as seguintes candidatas: Isabel de Áustria, Margarida de Valois, Isabel Clara Eugénia e Catarina Micaela, filhas de Filipe II, a filha de Francisco de Médicis, Grão-Duque da Toscana, Maximiliana, filha do Duque da Baviera…
Alheado da realidade, decidiu operar uma grande invasão a Marrocos, onde os portugueses já detinham três ou quatro praças  (casos de Ceuta, Tânger e Mazagão) que tinham sido essencialmente conquistadas ou ocupadas no século XV. O soberano temia os avanços turcos-otomanos já visíveis em muitos palcos do Norte de África. A oportunidade começou a esboçar-se, em 1574, ano em que morre o sultão Mulai Abdallah El-Ghalib. A sucessão ao trono de Marrocos seria agora disputada entre Mulei Mohamed (tomou inicialmente o poder mas acabaria deposto) e o seu tio Abd al-Malik (também conhecido como Mulei Moluco) que era apoiado pelos temíveis turcos, nas pretensões ao poder da alargada região de Marrocos. Terá sido o primeiro, Mulei Mohamed, que depois de uma “nega” de Filipe II de Espanha, solicitaria o apoio do rei português que acabará por consentir em encetar negociações. O sultão destronado está disposto a oferecer-lhe as condições de um protectorado instalado em Marrocos sob influência portuguesa bem como ceder algumas praças costeiras da região, cenário que parece agradar ao soberano europeu. 
D. Sebastião através desta aliança curiosa (um pacto com uma facção muçulmana!) sentiu que chegara o momento de iniciar a sua campanha no Norte de África. Alguns nobres influentes em Portugal tentaram alertar para os riscos da expedição. O próprio Filipe II de Espanha, por incrível que pareça (dada a cobiça do rei espanhol em estender a sua influência ao território português), procurou demover o próprio soberano português de tais ideias. António Villacorta Baños-García realça que D. Sebastião não atendeu a essas vozes dissonantes e partiu para uma aventura rumo ao desconhecido.
Apesar de ter estado, em grande parte, desligado da missão governativa, D. Sebastião durante os seus dez anos de reinado efectivo promoveria algumas medidas relevantes que estimulariam o combate à corrupção, o aumento do culto divino e a defesa dos mais desprotegidos.





Imagem nº 1 - Potencial retrato de D. Sebastião, rei de Portugal entre 1557 e 1578 (embora o governo efectivo só tenha começado em 1568, após dois períodos de regência).
Retrato realizado por Cristóvão de Morais (século XVI) retirado de: https://www.vortexmag.net/




A Batalha de Alcácer Quibir

Deixando para trás um país com graves problemas económicos e sem gerar descendência, D. Sebastião partiu de Lisboa a 25 de Junho de 1578 com uma frota de 500 navios para avançar sobre o Norte de África. O soberano português foi então em auxílio de Mulei Mohammed que combatia pelo poder na região marroquina, tendo para isso que enfrentar o seu tio Abd al-Malik que contava com o forte apoio dos otomanos. Ao chegar a Marrocos, D. Sebastião esteve em Tânger (onde encontrou o seu aliado Mulei Mohammed) e passou ainda por Arzila. O percurso será agora feito em terrenos áridos, e não pela via marítima, causando desgaste às forças portuguesas. Aliás, D. Sebastião comete um grave erro estratégico ao encaminhar posteriormente o seu exército para uma zona mais interior do território, o que inviabilizaria o apoio logístico e o recurso à artilharia naval. O adversário já andava por ali perto, e apesar de algumas tentativas prévias de negociação, a verdade é que do lado português a intransigência é total. O enfrentamento era pois inevitável. 
Quando as forças do monarca português seguiam em direcção a Alcácer Quibir, eis que um exército superior lhes surge pela frente. A batalha será travada próxima daquela localidade situada a norte de Marrocos, embora enquadrada numa zona interior. 
Corria então o dia 4 de Agosto de 1578. De um lado, estava o jovem rei português que, na altura, contava com 24 anos de idade. Segundo estimativas modernas, os portugueses liderados por D. Sebastião e os mouros aliados de Mulei Mohammed apresentaram uma força conjunta de cerca de 23 mil homens. Dentro desta força, achavam-se alguns nobres ou veteranos de guerra, mas a verdade é que contavam-se também muitos camponeses, pescadores, marinheiros e mercenários. Aliás, os mercenários seriam, ao todo, quase 6 mil homens, entre italianos, espanhóis, alemães e belgas. Estes contingentes estrangeiros seriam comandados por Thomas Stukeley, mercenário inglês que havia combatido na célebre batalha naval de Lepanto em 1571, onde os cristãos haviam de causar uma estrondosa derrota aos turcos, quebrando a sua hegemonia marítima no Mediterrâneo. Além dos portugueses e de outros mercenários europeus, os mouros de Mulei Mohamed disponibilizaram um contingente na ordem dos 6 mil homens. No entanto, esta força heterogénea logo revelaria falta de unidade e organização, além de ser claramente inferior à do oponente. 
Do outro lado, o sultão Abd al-Malik liderava um exército de 60 mil homens, isto é, mais do que o dobro das forças de D. Sebastião e Mulei Mohammed. De acordo com o historiador Frederico Mendes Paula, a principal característica desta formação residia na sua formação luada ou em crescente, com grande preponderância da cavalaria nas alas para envolver o exército inimigo e um núcleo central de infantaria. Os muçulmanos contavam ainda com cavaleiros mais experientes e arcabuzeiros que dispunham de um poder de fogo cujo calibre era bastante superior àquele evidenciado pelos portugueses. Além da presença de berberes e turcos, este largo exército contava ainda com mercenários oriundos da Argélia, andalusinos (mouros que haviam sido expulsos da Península Ibérica) e ainda “elches” (cristãos que haviam renegado a sua fé para se juntar às forças islâmicas; aqui estariam presentes inclusivamente alguns portugueses). 
A batalha terá começado com disparos de artilharia (através de mosquetes, arcabuzes e canhões) entre ambos os lados, causando assim as primeiras baixas. O líder mercenário inglês Thomas Sutkeley irá morrer quando uma bala de canhão desfigurará por completo as suas pernas. 
Apesar do seu frágil estado de saúde (tinha sido transportado numa liteira), o sultão Abd al-Malik  decidiu pegar no seu cavalo e conduzir então a primeira carga de cavalaria enfrentando e tentando cercar pelos flancos a primeira linha das forças de D. Sebastião, onde estaria essencialmente presente a elite dos veteranos portugueses (designada também de “aventureiros”). Num primeiro momento, esta unidade de combatentes portugueses que constituía talvez o destacamento mais habilitado para o ardor da batalha consegue suster o ataque da vanguarda inimiga, forçando o recuo desta. O sultão Abd al-Malik tem sérias dificuldades em aguentar a debandada dos seus homens e tenta reorganizar as suas tropas, e terá sido neste momento de maior esforço que o seu agastado coração cedeu fatalmente. Terá caído do seu próprio cavalo, e ao tentar montá-lo, colapsou com o esforço que a sua saúde fragilizada já não conseguiria acompanhar. Mulay Mohammed, seu braço direito, coloca-se em fuga aquando da reacção portuguesa. No entanto, os oficiais mais próximos decidiram ocultar a morte do seu líder bem como outros detalhes para não comprometer a moral e a coesão internas do seu exército. Aqui se evidenciou particularmente Reduão (ou Reduan), um renegado à fé cristã, de origem alegadamente portuguesa, que era camareiro de Abd al-Malik e que continuou a dar ordens militares às suas hostes, fingindo que provinham do sultão, de cuja morte muitos poucos saberiam. 
A batalha até nem tinha começado mal para os portugueses, contudo quando estes tentaram avançar sobre o acampamento inimigo, não conseguem reunir argumentos para o tomar. Pior do que isso, observa-se uma desagregação das forças portuguesas. A vanguarda que encetava o ataque acabou por se isolar demasiado, deixando descompensados os restantes sectores e perdendo simultaneamente a solidez. A segunda linha das forças portuguesas era certamente composta por unidades menos experientes, passando agora a ser um alvo ainda mais vulnerável. 
Os sádidas (ou sadianos) e os turcos reorganizam-se e voltam a atacar os flancos, subjugando gradualmente as tropas portuguesas que, desorganizadas e sem movimentações criteriosas ou coerentes, começam a sofrer pesadas baixas. Os mouros apoderam-se finalmente das peças de artilharia, coroando de sucesso o seu contra-ataque devastador. 
O rei D. Sebastião recusa o cenário de rendição e quer levar a batalha até ao fim. Serão quatro horas de carnificina autêntica. Os portugueses e os seus aliados mouros liderados por Mulei Mohamed perderão 9 mil homens na batalha, além de mais de 10 mil soldados capturados.
Mulei Mohamed, aliado de D. Sebastião, morre afogado no rio Mocazim quando tentava escapar à derrota praticamente inevitável.
De acordo com os relatos de poucos sobreviventes, D. Sebastião terá sido visto pela última vez a liderar uma derradeira carga de cavalaria de desespero contra o inimigo. É possível que tenha morrido, nesse momento, em combate, embora os testemunhos sejam escassos e pouco conclusivos. Outros sugerem que sofreu um golpe fatal de espada na cabeça quando tentava fugir. Também subsistem histórias de que o seu corpo teria sido reconhecido e guardado inicialmente com respeito na casa do Alcaide de Alcácer Quibir (tendo sido trasladado mais parte para Ceuta, Valladolid e por fim, para o Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa), mas tais relatos não foram levados a sério por muitos portugueses que, na altura, ainda tinham esperança na sobrevivência do rei à batalha. Apenas cerca de uma centena de soldados portugueses conseguiu fugir à morte ou ao cativeiro, tendo conseguido chegar aos portos da costa marroquina e regressar posteriormente ao reino em condições miseráveis. No curto reinado do cardeal D. Henrique, se conseguirão libertar ainda alguns prisioneiros portugueses (nomeadamente membros da pequena ou média nobreza) através da negociação de resgates, algo que não sairá nada barato aos cofres régios. Os que não foram libertados foram forçados, em grande parte, a converter-se ao Islamismo, tendo sido integrados nos recursos públicos do Estado Marroquino (obras públicos, exército, administração) ou, na pior das hipóteses, foram sentenciados a um longo aprisionamento ou ao trabalho escravo. 
Do lado adversário, e como já havíamos mencionado, Abd al-Malik perderia a vida porque a sua debilitada saúde não aguentara o esforço da batalha, contudo as suas tropas manteriam a disciplina e acabariam por vencer a batalha, tendo sofrido cerca de 3 mil baixas. Outras narrativas sugerem que teriam perecido cerca de 7 mil combatentes pertencentes a este exército. Ahmed el-Mansour, irmão de Abd al-Malik, que também participara na batalha irá tornar-se assim no novo sultão da dinastia sádida ou sadiana de Marrocos. 
Esta ficou conhecida como a “Batalha dos Três Reis” porque os três soberanos participantes D. Sebastião, Mulei Mohamed e Abd al-Malik não sobreviveram ao conflito. 
Mas no lado português a mossa seria muito mais evidente visto que desapareceriam igualmente determinados nobres conceituados, nomeadamente João de Mendonça Furtado (antigo governador da Índia), Jorge de Lencastre (Duque de Aveiro), Manuel de Meneses (Enfermeiro-mor de D. Sebastião), D. Afonso de Noronha (Conde de Odemira), D. Afonso de Portugal (Conde de Vimioso), Francisco de Távora (Coronel do Terço do Algarve), D. Aires da Silva (Bispo do Porto), entre outros.
Por seu turno, António, Prior do Crato (que mais disputará os direitos ao trono de Portugal contra Filipe II de Espanha) foi feito prisioneiro, tendo conseguido fabricar um ardil para conseguir a sua própria libertação. Quando lhe perguntaram pelo significado em torno da cruz de S. João que usava, respondeu que aquele era o sinal de uma pequena mercê que tinha obtido do papa e que a perderia se não voltasse até 1 de Janeiro. Os seus captores, pensando que se tratava de um homem pobre, permitiram a sua libertação mediante o pagamento de um pequeno resgate.




Local: Perto de Alcácer Quibir (El-Ksar el Kebir)
Data: 4 de Agosto de 1578
Forças Beligerantes


Império de Portugal
&
Forças leais ao Sultão Mulei Mohammed





Sultanato Sádida de Marrocos

Comandantes, Generais, Protagonistas
D. Sebastião †
Mulei Mohammed †
Thomas Stukeley  †
Abd al-Malik †
  

Número de Combatentes/Navios
23 000 homens
60 000 combatentes
Baixas Estimadas:
9000 mortos
Entre 10 000 a 15 000 capturados
Entre 3000 a 7000 mortos
Resultado: A inferioridade numérica dos portugueses e seus aliados terá sido determinante para o desfecho da batalha. Os contingentes comandados por D. Sebastião acabariam por se desintegrar diante das investidas das forças sadianas e otomanas.

Tabela nº 1 - Estimativas possíveis para o desfecho da Batalha de Alcácer Quibir (1578)





Mapa nº 1 - Porção da zona norte de Marrocos. Ceuta, Tânger e Arzila presentes junto à costa. Alcácer Quibir localizado mais no interior. 






Imagem nº 2 - Os portugueses comandados por D. Sebastião avançavam numa formação de quadrado, enquanto que os sádidas e seus aliados turcos optaram por uma disposição em lua crescente. Destaque ainda para a presença dos canhões, peças de artilharia que começavam a fazer a diferença no século XVI.
Representação da batalha de Alcácer-Quibir publicada por Miguel Leitão de Andrade na obra “Miscelânea” em 1629





Imagem nº 3 - Muitos soldados acabariam por tombar afogados no rio Mocazim. Mulei Mohammed, sultão aliado dos portugueses, não escaparia a este destino enquanto procurava escapar. 
Detalhe de uma pintura mural alusiva à batalha, existente numa rua de Alcácer-Quibir





Imagem nº 4 - A batalha de Alcácer Quibir resultou na morte dos três soberanos participantes, causando ainda entre 12 a 16 mil baixas no campo de batalha.





Consequências

Com o desastre em Alcácer Quibir, a situação económica do reino de Portugal que já era conturbada (tendo sido já contraídos no passado empréstimos para aliviar alguns problemas correntes) agravou-se porque foi necessário financiar esta campanha militar de grande envergadura. 
Como se não bastasse, a sucessão real ficou condicionada, ou até mesmo comprometida. O cardeal-infante D. Henrique, tio-avô de Sebastião, acaba por tomar o lugar no trono, mas é um homem já com 66 anos, e que viria a imprimir uma governação vulnerável, sem procurar resolver verdadeiramente a questão da sucessão. O rei-cardeal foi desautorizado a procurar noiva e gerar filhos pelo próprio Papa Gregório XIII. Para piorar ainda o enredo, o próprio cardeal-infante não reconhecerá qualquer legitimidade a António, Prior do Crato, que desejava o trono e que seria o principal representante das aspirações da manutenção da soberania nacional. A breve prazo, esboçava-se um cenário de união ibérica e o fim da independência de Portugal, algo que se veio a verificar em 1580. Os espanhóis invadem o reino, e sob o comando do Duque de Alba destroem as forças do Prior do Crato (este será ferido, mas consegue escapar) na Batalha de Alcântara (25 de Agosto de 1580), acabando Lisboa por cair poucos dias depois. O arquipélago dos Açores viria a ser a casa de muitos defensores da causa da independência nacional, contudo a resistência seria ali subjugada nos anos de 1582 e 1583, após a batalha naval ao largo de Vila Franca do Campo e o Desembarque da Baía da Mós, episódios bélicos em que os espanhóis levaram a melhor. 
Este desaire em Alcácer Quibir determinou o aumento da influência turca no Norte de África, e quiçá a breve ou médio prazo o declínio de alguns bastiões que os portugueses ainda detinham em Marrocos. 
Por fim, e em jeito de curiosidade, D. Sebastião viria a merecer os cognomes de “O Desejado” talvez pelo seu nascimento ter sido aguardado com bastante expectativa, e ainda o de “O Adormecido” devido ao seu desaparecimento em Alcácer Quibir e pelo povo ter acreditado durante vários anos que um dia o soberano haveria de regressar numa manhã de nevoeiro para devolver a glória a Portugal, mas até hoje isso não se sucedeu…






Imagem nº 5 - Filipe II de Espanha assumiria oficialmente o trono de Portugal a partir de 1581. Tornar-se-ia no Filipe I de Portugal. 
Retrato da autoria de Alonso Sanchez Coello retirado de: https://www.vortexmag.net/filipe-ii-o-rei-espanhol-que-amava-portugal/




Referências Consultadas: