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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Os Jardins Suspensos da Babilónia (séc. VI a. C.)

Apesar de ter sido considerado uma das sete Maravilhas do Mundo Antigo, ainda não há sequer provas que atestem definitivamente a existência inequívoca dos Jardins Suspensos da Babilónia.
De acordo com a tradição (a qual assegura a realização desta monumental obra arquitectónica e paisagística), os jardins foram construídos sob as ordens do poderoso rei da Babilónia - Nabucodonosor II (reina entre 605 a.C. e 562 a. C.), o qual havia conquistado vários territórios, nomeadamente a Palestina e Jerusalém, além de dotar o seu reinado de várias extravagâncias - canais, aquedutos, reservatórios, novos e grandiosos templos e estruturas militares defensivas, bem como outros edifícios diversos considerados avançados para o seu tempo. Foi ainda o soberano que destruiu o Templo de Jerusalém, deportando muitos judeus para o cativeiro na Babilónia.
É neste contexto de autoritarismo político, com inegáveis sucessos no plano militar, e duma tendência construtora, no âmbito económico, que farão com que Nabucodonosor tivesse projectado a criação dos Jardins Suspensos da Babilónia, um sonho ambicioso e opulento jamais visto até então na história da Humanidade.
Infelizmente, a quase inexistência de registos para este período tão remoto não nos permite sequer adiantar razoáveis informações sobre a configuração destes presumíveis jardins (cuja existência ainda motiva discussões, como já referimos), excepto as idealizações de alguns possíveis retratos bastante posteriores, os quais até iremos expor em baixo como imagens meramente exemplificativas.
O que se calcula é que Nabucodonosor desejava agraciar a sua esposa Amytis (a qual sentia saudades das florestas, montanhas e campos do reino da Média, de onde era natural), oferecendo-lhe um presente irrecusável, uns jardins que integrariam toda uma paisagem singular. É ainda possível que esta estrutura grandiosa se localizasse junto ao palácio real, assegurando o esplendor e exibindo um claro sinal de poder naquela região. Todavia, é evidente que as problemáticas inerentes à localização e datação do fantástico monumento ainda estão muito longe de gerar consensos, e por isso, nenhuma hipótese pode ser descartada. No século IV a. C., e de  acordo com a tradição veiculada, os jardins (a terem realmente existido) já estariam praticamente arruinados. Mesmo assim, o historiador grego Estrabão (séc. I a. C.) não deixou de fazer referência à sua passada existência. De acordo com este testemunho (embora já bem posterior ao período de apogeu do dito espaço), o jardim era composto por terraços abobadados levantados uns acima dos outros, repousando sobre pilares cúbicos. Ainda de acordo com Estrabão, estes terraços eram escavados e preenchidos com terra para permitir o plantio de árvores de grande porte. Os mentores deste plano teriam recorrido ainda a tijolos cozidos e a asfalto para erguerem os pilares, abóbadas e terraços. Muito provavelmente, a manutenção dos jardins era assegurada através de água bombeada a partir do rio Eufrates.



Imagens Criativas sobre os eventuais Jardins Suspensos da Babilónia




Retirada de: http://www.genizahvirtual.com/2013/05/jardins-suspensos-da-babilonia-seriam.html





Retirada de: http://www.historiazine.com/2013/06/as-sete-maravilhas-do-mundo-antigo.html





Retirada de: http://edukalife.blogspot.pt/2013/02/17-hanging-gardens-of-babylon.html





Retirada de: http://www.cliografia.com/2013/05/10/os-jardins-suspensos-da-babilonia-nao-estavam-na-babilonia/





Retirada de: http://renatatilli.com.br/blog/?attachment_id=4509, (Gameshastra, 2011).





Autor do Quadro: Martin Heemskerck (séc. XVI).




Retirada de: http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/middleeast/iraq/10039773/Hanging-gardens-of-Babylon-were-not-in-Babylon.html



Notas adicionais:


1- Como pouco ou quase nada sabemos sobre este monumento, surgiu ainda recentemente uma teoria da autoria de Stephanie Dalley, o qual acredita que os jardins não foram erguidos na Babilónia por Nabucodonosor II, mas sim em Nínive pelo poderoso governante assírio Senaqueribe. Todavia, a ausência de provas concretas e irrefutáveis não permite qualquer conclusão definitiva ou segura, pelo que esta questão ainda é alvo de diversos debates na comunidade científica.

2- A religião professada na antiga Babilónia era politeísta, e a sua divindade suprema era Marduk, ao qual Nabucodonosor procurou agradar com a construção de novos templos.



Referências Consultadas:


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